Para Alexandre Pierro e Lilian Laraia avaliam cenário que vem impulsionando alternativas de produção mais sustentáveis e econômicas
Mais conscientes e exigentes, os próprios consumidores esclareceram mudanças significativas em suas rotinas alimentares. Justificados, ainda, pelas alterações climáticas e ambientais, o setor foi obrigado a se antenar rapidamente a essas transformações, em um novo estilo de vida pautado por escolhas mais sadias e com menores impactos. Tudo isso, apoiado fortemente por diversos recursos tecnológicos que favorecem um melhor desempenho agrícola.
Alexandre Pierro, engenheiro mecânico e sócio-fundador da PALAS, e Lilian Laraia, CEO & founder da LARAIATECH, citam as maiores tendências deste mercado para 2023 que devem ser seguidas pelas companhias.
Alimentação saudável – considerado como um dos nichos que mais se desenvolveu nos últimos anos, a alimentação saudável já virou rotina nos lares de diversas pessoas ao redor do mundo. Segundo dados do Fiesp, em 2021, esse cardápio já era adotado por 80% dos brasileiros. Para a indústria alimentícia, essa mudança de hábito representa uma enorme oportunidade de crescimento, na produção de opções nutritivas e fáceis de serem preparadas no dia a dia e facilitadas, ainda, pelos intensos avanços tecnológicos que auxiliam na otimização e amplitude de opções de plantio.
Produção tecnológica – a manufatura inteligente no setor alimentício foi fortemente desenvolvida em consequência das intensas mudanças ambientais ao redor do mundo – as quais impactaram severamente as condições climáticas e saúde do solo. Além de maximizar a produção e gestão da cadeia, muitas tecnologias voltadas para a impressão de alimentos já foram criadas, permitindo o desenvolvimento de uma série de produtos a partir de elementos químico biológicos. Quando implementado com assertividade, a produção tecnológica é capaz de aumentar 22% a produtividade deste setor, segundo dados do Portal da Indústria.
Fazendas verticais – das regiões rurais aos centros urbanos, as fazendas verticais prosperaram nos últimos anos justamente por viabilizar a produção de alimentos com maior qualidade. Se aproveitando destes recursos tecnológicos, criam ambientes ideais para o crescimento de cada produto, se protegendo de fatores externos como luz solar, chuva e ventos, para produzir alimentos longe do solo – benefícios que ganharam destaque em meio ao isolamento social. De acordo com uma estimativa do MarketsandMarkets, até 2026, a expectativa é de que estas fazendas tripliquem seu mercado, saltando de US?3,31 bilhões em 2021, para US?9,7 bilhões nos próximos cinco anos.
Delivery elétrico – muito se tem investido na construção de veículos elétricos voltados para uma distribuição de alimentos mais otimizada e assertiva. Em modelos diversos que incluem desde caminhões por bateria à híbridos ou células combustíveis, estas versões reduzem significativamente os impactos ambientais. Apesar do Brasil já conter exemplos colocados em prática, este ainda se mostra um projeto de médio a longo prazo, para que sejam nacionalizados os componentes mais adequados para esta distribuição.
Matéria adaptada do portal: https://www.mundodomarketing.com.br/
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