A receita global de publicidade pode bater seu recorde histórico agora em 2021. Esta é uma das conclusões levantadas no relatório “Marketing Fact Pack 2021“, produzido pelo Ad Age, um dos principais veículos de publicidade e marketing do mundo.
“Não seria estranho. A pandemia modificou as relações de mercado, fortalecendo o e-commerce e assinalando altos índices de desenvolvimento digital“, diz Erica Gomes, Partner da LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia.
“Se pensamos que as estratégias de marketing e publicidade focadas no mundo digital são o que potencializam as compras pela internet, fica claro vendo o crescimento”, pontua, que explica como o e-commerce cresceu e acabou se tornando um mercado mais competitivo.
A receita de publicidade mundial saltará cerca de 10,2% neste ano, alcançando investimento de US$ 651 bilhões, segundo previsão da consultoria GroupM, da holding de comunicação britânica WPP, citada no relatório. O GroupM aponta que 60% da receita global de anúncios deve ficar na internet no ano que vem.
Já em relação ao e-commerce, segundo dados da Ebit | Nielsen, plataforma de opinião de consumidores do Brasil, houve um crescimento de 47% no primeiro semestre de 2020, a maior alta em 20 anos.
“Antes, quando realizavá-mos uma compra, geralmente baseava-se em ir até uma loja e ver as especificações do produto conversando com um vendedor. Hoje, existem milhares de canais no YouTube, diversos influencers especializados nos mais diferentes produtos. E claro, várias lojas diferentes ofertando aquele bem”, conta a especialista.
Para ela, o momento é esperançoso, apesar das dificuldades existentes durante o período de pandemia. “O desenvolvimento do mercado digital abre as portas para um novo tipo de comércio, com espaço para diferentes segmentos. Não acredito que o e-commerce conquiste todos os espaços das lojas físicas, mas, com certeza, fará cada vez mais parte da nossa vida, gerando oportunidades para muitos empreendedores”, avalia.
Atualmente, os cinco maiores mercados publicitários no mundo são os Estados Unidos (35%), China (22,4%), Japão (5,9%), Reino Unido (4,7%) e Alemanha (3,8%), de acordo com o estudo.
Erica explica que esses países já vinham direcionando seus esforços para o segmento de publicidade online há alguns anos, por isso, saem na frente em relação ao “novo momento” da economia. “Existem fatores que podem impulsionar o Brasil nesse sentido. O Pix, sistema de pagamento ágil e totalmente digital, pode ser um influenciador no crescimento do e-commerce brasileiro. Uma forma de pagar com menos taxas, rápida e de fácil manutenção, facilita o processo e cria vantagens para consumidores e lojistas”, conclui.
Por Alana Santos
Matéria adaptada do portal: https://www.publicitarioscriativos.com